06 novembro 2008

É fogo!

Papo estranho sobre a VIII bienal do livro do ceará:

O curador, Floriano Martins (poeta), diz que o evento "não tem orientação alguma no sentido ideológico"

Fato: a bienal traz nomes como o líder do MST, João Pedro Stédile, e o Ministro da Cultura de Cuba, Abel Pietro, além de dedicar um pavilhão especial à Cuba e Venezuela.

Pergunta do O Povo: Quais foram os critérios de escolha dos autores estrangeiros?

Resposta do curador: Em todos os casos, o que não exclui os autores brasileiros, a preocupação mescla qualidade da obra e diversidade estética e geracional. Reitero que a estranheza que se possa ter em relação à maior parte dos nomes não é demérito da parte deles e sim reflexo de nosso descompasso cultural em relação a esses países.

Por que isso me lembra Saramago?

O Povo: Por que a Bienal optou pela ausência de nomes reconhecidos pelo grande público?

Resposta do curador: Em momento algum tal aspecto foi tratado como meta.

Não se pode dizer que ele seja inábil com as palavras!

Pra finalizar, O povo: a poesia é o gênero com maior espaço na Bienal. Qual a razão dessa ênfase?

Reposta do curador poeta: Considerando a estrutura acima referida, a realidade é que há uma predominância de poetas (e não de prosadores) entre ensaístas, tradutores, diretores de revistas e instituições, críticos, jornalistas etc.

Eu poderia escrever um romance jornalístico sobre esse evento, e ele se chamaria Notas Sobre a Cegueira. Porém, vale mais ver o Cordel do Fogo Encantando!

TZ

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