29 julho 2009

Este gato era escritor noutra encarnação. Nesta, ele só observa, sem posses. É livre... Desafia as garras nos livros, mas só consegue ler humanos abertos ao mistério de ser bicho. Solto na buraqueira das traças, traceja sua linha com as quatro patas. Desconfia da Capitu, do capeta e do primeiro capítulo. Prefere finais epifânicos às sete vidas. Isso porque quando acabamos um livro, eles ainda permanecem ali. Livros-gatos, que morrem e depois são relidos. Nunca perdidos, pardos.
Paola Benevides

Um comentário:

marcelo disse...

miéu!