02 março 2006

Humanidade


Na vida, selva voraz da competição,
O fracasso caça os mais fracos.
Perdido o elo entre os macacos,
O homem também perde a razão.

A alma olha no espelho seus buracos
Cavados na cela da superstição,
Erguida a taça da vitória em cacos
Nada mais resta aos pés da civilização.

E enquanto vai-se rindo da desgraça
Humana, mais emana a dor da raça,
Mais alto grita o instinto.

E se continuar na guerra a morte
Ninguém viverá à própria sorte,
Cabendo ao homem ser extinto.

Pal

Um comentário:

Anônimo disse...

Ê poeta! O mundo nunca precisou tanto de arte como hoje em dia, pra acordar aqueles seres "desconectados" que se acham no direito de nos levar à dissolução por pura estupidez. A vida é boa e façamos então o que podemos, poemas, estórias, livros, protestos, filmes e seja lá. Quem sabe não dá certo? O Pessoa bem disse: "Triste de quem vive em casa, Contente com o seu lar(...)" Poie é, um beijo!

Ailson