20 julho 2006

O Concurso Literário


Foi Gilvan (Gil Ganesha) que me avisou do evento, depois estendi a voz ao Ailson (Tarco Zan) de uma possibilidade vista à vez primeira com olhos tortos. Gênero: contos. Até então havia participado de outros prêmios com poesias, mas desiludi-me logo. Não pelas previsíveis derrotas que me renderiam poemecos banais, e sim por saber debaixo dos panos como tudo funcionava nesse meio pretenso literário. Teatro de bonecos bolorentos e egóicos. Era um clube chamado Ideal, cujos ideais cartamarcados denunciavam uma elitizinha de sócios aduladores de bancadas letradas. Um asco. Prometi a mim voltar à introspecção das gavetas, em banho maria imaculada. Não em busca de aplauso, continuava escrever por pura necessidade, quase fisiológica mesmo. Daí me veio o aviso e a felicidade. Não pela esperança de ver um escrito meu publicado, no fundo um tanto, porém mais pelo retorno do TRAÇAS, pelo reencontro. Amigos. Reuniões movidas a despretensiosos compartilhamentos de idéias, uma verdadeira degustação de papéis espalhados pelas mesas de boemia amena. Cada membro enviou três short-stories. Tempo transcorrido e resultado. Havia até esquecido, quando foi anunciado essa semana os 20 primeiros colocados. Saí em busca dos nomes dos parceiros e surpreendi-me com o quinto lugar ofertado ao A SAÍDA, já aqui postado. Sensação de nada. Orgulho dos pais, namorado e amigos. Diziam: "Enfim seu sonho conquistado, seus méritos reconhecidos!" Quê? Bem, sou grata a todos eles, especialmente aos traças. Será lançado um livro antologia na Bienal Internacional do Livro em agosto e estaremos lá no Centro de Convençõs de Fortaleza! Dou vivas a essa literatura, reavivando meu espírito e minha juventude com novas experiências. Meu obrigada também à Editora Premius.
Pal

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