Postada no canto, copo plástico nas mãos, postado a um canto, à espera de um pouco de gim. Nem precisa perguntar onde ela esteve ou o que é que há. Ela de boa vontade lhe dirá tudo sobre a vida que viveu antes de ter o copo nas mãos.
Parado ao lado da janela segurando um copo de leite. O que eu poderia ter feito, o que poderia ter dito? O copo já estava espatifado e o leite no chão derramado, parecia morto. Janela, dor quando rasga dentro da chuva até parece mais simples. Tela a tela. Em busca do nome a reclamar numa tarde límpida cheia de vento. O fim chega depressa, o fim chega rápido. Tantas pessoas seguram um copo, tantas morrem sorvendo leite, de frente a uma janela. Uma vez conheci uma mulher que se intrometeu no meio do caminho das intenções de um dia leve de brisa. Não queira segurar o copo, seja qual for o clima. Não me faça escolher entre razão e rima. Não prove daquele leite frente àquela janela. Podes também pôr a culpa no vento e seus caprichos.
Andrew Bird

(Tradução sórdida de Tarco Zan)
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