20 novembro 2006

Céu de Anjos

Depois de assistir ao filme A Vida Sonhada dos Anjos (La Vie Rêvées dês Anges, 1998), sozinho na sala de cinema, senti o que uma amiga já me relatou mais de uma vez: uma vontade enorme de colocar a mão na massa e fazer qualquer coisa espetacular. O que mais me chamou a atenção neste filme foi a sugestão, o não dito, aquilo que eu sei mas que jamais vou ser capaz de expressar em palavras. Condição humana? Beleza pura! Virei fã do cinema francês, que eu nada conhecia até então. Uma história sobre pessoas tão comuns quanto eu mesmo na penumbra fria do cinema. Era o primeiro filme de Erick Zonca, uma estréia estupenda.
Karim Aïnouz, diretor cearense que também tem no currículo uma estréia fantástica, Madame Satã, com o seu segundo longa O Céu de Suely, comunga com o diretor francês a façanha de encantar a platéia narrando a história de “gente que não faz diferença”. A trama gira em torno de uma jovem que, ao retornar à cidade natal, constata que ali não é mais o seu lugar. Onde é esse lugar ela tampouco sabe, mas ela tem certeza de que precisa partir. Bem nômade, bem cearense, bem anjo. Bem cinema, do melhor.

Tarco Zan

Um comentário:

Davi disse...

madame satã com o lázaro ramos eu vi, sensacional interpretação e gostei muito do roteiro e fotografia do filme...vou correr atrás desse CÉU...vc me animou com suas palavras! deve ser uma bela história, cinema que emociona pela simplicidade e brilhantismo do roteiro e direção...

saudações
;)