02 agosto 2008

devaneio de uma rapariga balzaquiana

Estava naqueles dias. Rosa precisava de homem, o furor. Ouvia Madonna (Rosa detesta) enquanto caminhava na esteira, sensualizando-se desesperada por um sorriso de volta do moreno felino que disseram certa vez era gay - ele não a correspondeu, mas é que ele é tímido. Ô disperdício! Rosa então lançou seu anzol pra o coroa careca fora de forma na frente do espelho, levantando halteres, - esse, gay de fato - que a cumprimentou. Rosa passou a correr.
Ela não viu o homem de olho no moreno.
Rosa suada, disse pra si mesma Chega de fossa, chega de ficção; sacanagem, please. Riu-se. Deu mais um de seus sorrisos cadela, exaustivamente encenados em casa, pra o coroa mais uma vez - Rosa leu mais Henry Miller do que o recomendável.
Mas, Rosa, este não foi o teu dia.

Tarco

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