A literatura psicanalítica fala de uma mulher que sentia vertigens sempre que entrava numa livraria. Cercada de livros, ela começava a passar mal e só se sentia melhor quando se afastava deles. Ao contrário do que se poderia supor, ela não era avessa aos livros: desejava tanto obter o conhecimento neles contido que sentia de forma muito intensa a própria falta de saber. Ela queria ler todos os livros de todas as prateleiras de uma vez só - e, como isso não era possível, precisava fugir à sua insuportável ignorância cercando-se de um cenário menos intelectual.
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