13 março 2008

Conto interrompido


Ele ia saindo de casa. Um encontro com um amigo para, de lá, ir a outro lugar, encontrar outros amigos, beber, conseguir uma transa. Tateou os bolsos. Não buscava nada. Mania, apenas.

Não iria de carro. O amigo o pegaria na esquina da Barão de Studart com a Santos Dumont. De ônibus, até lá, poucos minutos. A parada... adiante, do outro lado da rua. Avistou uma moça, só. Legal. Homem, mal vestido ou não, dava-lhe medo, podia ser assaltante. Estava um caos aquela cidade.

Atravessou a rua. Próximo à parada, tentou lembrar se havia trancado a porta. Não lembrou. Na dúvida, voltou. Tinha. Droga! Um ônibus estava na parada. Se corresse, talvez poderia alcançá-lo. Antes disso, no entanto, um outro ônibus o alcançou.

Naquela noite ele iria encontrar uma mulher linda com a qual teria dois filhos, um casal, crianças inteligentes, obedientes. O menino, após formado em medicina, descobriria a cura para uma séria doença.

Deixe-me ver... Ali, outra pessoa, uma mulher empurrando um carrinho de bebê. Pouco interessante, mas na perda brusca de uma personagem, qualquer coisa serve.
Bem, o passeio com o bebê era uma desculpa para fugir, por alguns minutos que fosse, do marido...

3 comentários:

Tarco disse...

tipo um coito interrompido. eh foda mas eh bem assim mesmo, foda. a pal sinergiu antes de ler...
tou gostando de ver!
;0

Unknown disse...

Foi, antes de ler tinha falado sobre o meu dia pro Tarco, que foi meio coito interrompido mesmo, deu nem pra orgasmar no final.

E eu acho que você daria um roteirista fodido!!

Gil disse...

Roteirista fodido. Fodido eu já sou em todos os sentidos. Só falta ser roteirista. Such things friends say... Também tô gostando de ver tantas publicações. Gosto de comer vocês.